A oficialização da filiação do governador Eduardo Riedel ao PP ontem (19), em Brasília (DF), durante a convenção nacional da legenda para a ratificação da federação União Progressista, o partido passou a ocupar os cargos políticos mais importantes de Mato Grosso do Sul.
Agora, além do chefe do Executivo estadual, os progressistas também contam com a líder do partido no Senado, senadora Tereza Cristina, a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro, e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.
Ou seja, a legenda controla os poderes Executivo e Legislativo do Estado, bem como o Poder Executivo da capital de Mato Grosso do Sul, sem contar o fato de a liderança da sigla no Senado estar nas mãos da senadora Tereza Cristina, que também acumula o cargo de presidente estadual do PP.
Além disso, Riedel e Tereza ainda foram eleitos durante a convenção como vice-presidentes nacionais da legenda, reforçando a importância das duas lideranças sul-mato-grossenses no comando nacional do partido.
A senadora progressista, que articulou a mudança partidária do gestor estadual do PSDB para o PP, foi reconduzida à vice-presidência nacional e terá a missão de comandar o processo de instalação da federação União Progressista no Estado.
Ao Correio do Estado, Tereza Cristina enfatizou que a ida de Riedel ao partido já estava acertada com o União Brasil, que compõe a federação com o PP, formalizada ontem.
“Isso já tinha sido acordado lá atrás [apoio à reeleição de Riedel], quando o União Brasil e o PP sentaram para conversar sobre a federação. Assim que ela se viabilizou, foram escolhidos os estados, com critérios de deputados, senadores, enfim, da composição política de cada partido”, recordou a senadora.
Ela completou que, em Mato Grosso do Sul, como o PP é maior que o União Brasil, a presidência ficou com ela.
“A nossa ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) será a vice-presidente. O PP terá cinco cadeiras de titulares na executiva estadual e o União Brasil terá duas cadeiras, claro que todas com suplentes. Essa é a composição”, informou.
A parlamentar destacou ainda que, a partir da confirmação da federação, já iniciará o trabalho para a formação da chapa para as eleições de 2026. “Mas a configuração é essa: União Brasil e PP em Mato Grosso do Sul, quem comanda é o PP, na minha pessoa”, reforçou.
Tereza Cristina concluiu dizendo que a federação vai trabalhar com o bom senso. “Quem tiver melhores nomes, nós vamos colocar, vão ser avaliados esses nomes sob o ponto de vista eleitoral, sob o ponto de vista de voto e, aí, a composição da chapa será feita em conjunto para a federação”, assegurou.
Por sua vez, Riedel agradeceu por terem o recebido tão bem no PP. “Minha filiação ao PP foi um processo debatido, discutido. Agradeço muito ao meu partido anterior, que é o PSDB, porque foram 20 anos de conversas e, principalmente, ações em torno de uma agenda para o Brasil”, pontuou.
O governador ressaltou que o País mudou. “O Brasil, nesses últimos anos, está no momento absolutamente crítico de decisão de seus rumos e eu me sinto muito confortável de vir ao PP e encontrar um grupo de lideranças políticas, que carrega dentro de seus valores, da sua diretriz essencial, os mesmos que eu carrego na minha vida pública”, disse, citando o crescimento econômico do Estado, com baixos índices de desemprego e ações para erradicar a exclusão social.
Ele também afirmou que em Mato Grosso do Sul o PP tem a liderança da senadora Tereza Cristina, que carrega em suas propostas “seus valores, bem como um propósito muito claro de desenvolvimento e uma agenda absolutamente transparente”.
“E é essa frente que nós estamos construindo lá em Mato Grosso do Sul, em uma majoritária. Ela tem no PP, sem dúvida nenhuma, um dos grandes partidos nacionais e locais para compor com outros aliados, o que vai ser construído até o ano que vem. Eu fico feliz de estar presente e vir aqui hoje na convenção nacional do PP para participar desse momento”, finalizou.