A PMA (Polícia Militar Ambiental) trabalha com quatro hipóteses para tentar justificar o motivo de onça ter devorado o caseiro Jorge Ávalo, de 62 anos, no município de Aquidauana (MS).
Os restos mortais do caseiro foram encontrados a cerca de 280 metros do rancho, confirmando que ele foi atacado pelo felino.
Como o caso ainda segue sendo investigado, a intenção das autoridades é tentar precisar o que levou à violência da onça pintada, já que, apesar de dividirem o mesmo ecossistema, os ataques aos humanos não são comuns.
As quatro principais hipóteses levantadas pela PMA para o ataque são: escassez de alimento; comportamento defensivo do animal; período reprodutivo; e atitude involuntária da vítima.
Importante explicar que, o período reprodutivo foi levantado entre as hipóteses já que nessa etapa da procriação há uma competição ecológica, em que costumeiramente o macho se torna mais agressivo.
Já a atitude involuntária da vítima também é considerada, uma vez que foi levantada a possibilidade de que Jorge seguia pela plataforma com mel nas mãos.
A PMA explica que havia câmeras no local, já que a propriedade contava com sistema de monitoramento de segurança, mas indica que os equipamentos não estavam funcionando corretamente no momento do ocorrido.
Como a prática de “ceva”, ou seja, fornecer alimentos aos animais selvagens, já foi alvo de investigação das autoridades na região, a PMA reforça que há leis específicas que proíbem tal ação.
Além da Lei Federal nº 9.605/1998, que trata de Crimes Ambientais, e a Lei Estadual nº 5.673, de 8 de junho de 2021, sobre a Proteção à Fauna no Estado de Mato Grosso do Sul, há ainda uma resolução, a nº 8, de 2015, proibindo a ceva.
A PMA lembra que estimular essa aproximação é perigoso, já que os animais selvagens podem associar a presença de seres humanos à oferta de alimento.