Rota da Celulose terá pedágio 26% maior que o da BR-163 em Mato Grosso do Sul

Com leilão previsto para o próximo mês de maio e na tentativa de evitar novo fracasso, o novo edital de privatização dos 870 quilômetros de rodovias da chamada “Rota da Celulose” reajustou em 18% o valor máximo do pedágio a ser cobrado dos motoristas que se utilizarão das vias.

Com isso, o custo do pedágio será 26,5% maior que o da BR-163, que também sofrerá um “tarifaço” após a renovação do contrato. No edital inicial, o valor máximo por quilômetro rodado na Rota da Celulose era de R$ 0,16 e, agora, o vencedor poderá cobrar até R$ 0,19, o que representa aumento de 18,75%.

Em trechos duplicados – o edital prevê em torno de 115 quilômetros -, o edital original estipulava R$ 0,22 para cada quilômetro, mas, agora, o máximo poderá chegar a R$ 0,26 por quilômetro. Porém, esses valores podem ficar abaixo disso, caso haja mais de uma empresa interessada. O desconto máximo, conforme o edital, poderá ser de 20%.

Mas, se não houver disputa, as tarifas ficarão bem maiores que as da BR-163, já levando em consideração os termos aprovados pelo Tribunal de Contas da União para renovar o contrato do Governo Federal com a CCR MSVia. De acordo com este novo acordo, que deve ser formalizado em maio, o valor máximo por quilômetro em trechos de pista simples será de 15 centavos por quilômetro, o que é o dobro daquilo que é praticado atualmente.

Porém, este novo valor máximo será escalonado e cobrado somente depois de quatro anos. No primeiro ano da repactuação há previsão de aumento de 33% sobre o valor atual, que é de R$ 7,52 para cada 100 quilômetros. Embora o leilão esteja aberto para qualquer empresa, a previsão é de que a CCR MSVia, que desde 2014 opera ao longo dos 847 quilômetros, continue no controle.