O corte nobre do churrasco brasileiro, a picanha teve um aumento expressivo nos últimos meses em Campo Grande (MS), chegando a ser comercializada por R$115,98 o quilo em casas de carne da cidade.
Na comparação com setembro do ano passado, o preço do corte mais que dobrou, saindo de R$ 56 para R$ 115,98, uma alta de 105,41%.
Conforme levantamento realizado pelo Correio do Estado, os preços da carne bovina tiveram uma queda expressiva no ano passado e voltaram a subir neste ano.
A reportagem aferiu preços nesta terça-feira em supermercados, casas de carnes e açougues de Campo Grande.
O corte com o quilo mais barato foi o da costela, que varia entre R$ 22,89 e R$ 26,98, resultando em uma média de R$ 24,94 o quilo. Quando comparado ao preço médio encontrado em setembro do ano passado, o aumento identificado é de 15,20%.
O contrafilé, por exemplo, subiu de R$ 34,30 em setembro de 2023 para R$ 49,38 neste mês, ou seja, um salto de 43,97% no período considerado. Conforme a pesquisa da reportagem, nesta semana, o quilo do corte variou entre R$ 46,99 e R$ 53,98.
Já o coxão mole saiu de R$ 30,64 para R$ 46,56 no intervalo interanual, registrando uma alta de 51,99%. Quando considerados os valores aferidos nesta semana, o valor mínimo foi de R$ 39,98 e o máximo, R$ 53,98.
Confirmando o impacto para o bolso do consumidor, dados da inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), corroboram o panorama de aumento para Campo Grande, registrando uma elevação de 8,71%, em outubro deste ano – último dado divulgado – índice superior ao nacional, de 5,81%.
Com base no indicador oficial, cortes como a ponta de peito tiveram aumento de 14,35%, em outubro, como mostra o IPCA, seguido ainda por costela (13,25%), patinho (9,46%), alcatra (8,95%) músculo (8,48%) e capa de filé (7,48%). No subgrupo, a carne vermelha de primeira subiu 9,48% até outubro deste ano.