Na reunião que selou o apoio de Nelsinho Trad ao deputado estadual Marquinhos Trad, em sua eventual candidatura a prefeito de Campo Grande (MS), este em momento algum ousou defender a trajetória do irmão, pelo contrário, procurou se desvencilhar da imagem de Nelsinho e, nas entrelinhas, admitiu claramente eventual prática de corrupção na gestão do ex-prefeito.
A frase do deputado: ‘Quero que todos respeitem a minha família. Cabe a ele (Nelsinho) provar a inocência e, se não provar inocência, que arque com as consequências. O Marquinhos é o Marquinhos e o Nelsinho é Nelsinho’.
Ora, como advogado, ainda foi tirano, desrespeitando o princípio jurídico de presunção de inocência.
Além disso, expôs o seu caráter, pois ao invés de estender a mão, empurrou o irmão para o abismo.
Na realidade, Marquinhos está tentando tirar o corpo fora, se antevendo a revelações escabrosas que deverão surgir durante a campanha política.
Nelsinho está com os bens bloqueados, responde a inúmeros processos e, há quem diga, corre o sério risco de prisão.
A conduta de Marquinhos deve ser analisada pelo eleitor, mormente quando todos sabem que teve participação ativa na gestão do ex-prefeito, influenciando em nomeações e exigindo sempre a sua fatia no bolo, da qual se deliciou durante oito anos e agora tenta espertamente afastar-se da responsabilidade, jogando o irmão, sozinho, contra os leões e a fúria da Polícia Federal.
Lívia Martins – Jornal da Cidade Online