Assim não é possível! Anuário revela que Dourados é a 5ª cidade com maior taxa de estupros no Brasil

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 revelou que Dourados é a 5ª cidade com maior taxa de estupros no Brasil. Além disso, Mato Grosso do Sul se destaca no índice de violência sexual no país com outras duas cidades entre as 50 com taxas mais elevadas de estupros – Campo Grande e Três Lagoas.

Conforme o anuário, Dourados, com uma população de aproximadamente 243 mil habitantes, contabilizou 98,6 vítimas de estupros a cada 100 mil habitantes em 2023.

O índice leva em conta apenas as cidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes. As taxas foram calculadas a partir da soma do número de vítimas de estupro e estupro de vulnerável informadas nas bases de dados compartilhadas pelos gestores de estatística dos estados e DF.

A realidade de Dourados, no entanto, é um reflexo de uma situação ainda mais ampla de violência sexual que acomete todo o Mato Grosso do Sul. Já Três Lagoas e Campo Grande estão listadas entre as 50 cidades brasileiras com os maiores índices de estupros.

Em Três Lagoas, com aproximadamente 132 mil habitantes, aparece como a 7ª no ranking, com taxa de 88,5 vítimas estupradas. Campo Grande, com quase 900 mil habitantes, também se destaca negativamente, aparecendo em 36ª colocação, 69,3 estupros a cada 100 mil habitantes.

A cidade é uma das seis capitais que aparecem no índice, juntamente com Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT). Campo Grande, inclusive, entre as capitais listadas, está em 4ª entre as taxas mais elevadas de Estupros. A maior do Centro-Oeste.

No cenário regional, Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição no ranking nacional de estupros, com uma taxa de 94,4 vítimas violentadas sexualmente a cada 100 mil habitantes. O índice só não é superior a Roraima, Rondônia e Acre, que dominam a taxa de estupros e estupros de vulneráveis.

A taxa de Mato Grosso do Sul é o dobro da média nacional. Conforme anuário, em 2023, a taxa média brasileira foi de 41,4 por grupo de 100 mil habitantes. Ao todo, 15 estados apresentaram taxas superiores à média nacional.

Nacionalmente, dentre as ocorrências, os estupros de vulneráveis seguem representando a maioria dos registros, com 76% dos casos. Segundo a legislação brasileira, o estupro de vulnerável tipifica qualquer ato de conjunção carnal ou ato libidinoso com vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.