São eles: Porto Murtinho, Caracol, Miranda, Bodoquena, Bonito, Jardim, Nioaque, Aquidauana e Corumbá. Ele explicou que a piora da situação, se dá devido a soma dos fatores, do chamado “Regra dos 30”, que consiste em 30 dias sem chuva, umidade abaixo de 30%, ventos acima de 30 km/h e temperaturas acima de 30°C.
“Quando você tem essa combinação dos ‘trintas’, aliado à condição climática de longo prazo, o ambiente atmosférico fica ideal para queimar”, ressaltou.
De acordo com Sperling, a condição climática de longo prazo são as faltas de chuva desde novembro de 2023. Por fim, o meteorologista alerta para que não coloquem fogo nas matas.
O secretário-extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Lima, alerta que as causas dos incêndios não são por geração espontânea e a maioria é pela prática criminosa de ateamento de fogo no bioma.
Até o dia 16 de junho deste ano, 486,4 mil hectares já foram devastados na região. Sobre a logística e investimentos do governo federal no combate às chamas no Pantanal, Lima explicou que os recursos devem vir do Ministério da Defesa, porém, o mesmo, está empenhado em outras duas frentes, enviar recursos para o povo do Rio Grande do Sul devido as enchentes, e no combate ao garimpo ilegal nas terras yanomami, na Amazônia.
De acordo com dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), até o dia 16 de junho deste ano já foram consumidos pelo fogo no Pantanal 486.425 hectares do bioma, valor que já representa quase o dobro do que foi devastado no mesmo período de 2020, ano em que o bioma registrou a pior queimada da história.
Naquele ano, até o dia 16 de junho, foram consumidos 247.400 hectares, o que representa, que neste ano, o aumento é de 96,6% na área devastada. Em todo 2020 foram destruídos 3.632.675 hectares do bioma.
Atualmente o efetivo do Corpo de Bombeiros no Pantanal é de 85 militares e se espera um aumento de combatentes do fogo que se espalha na região, que deve ultrapassar de 100 bombeiros que trabalham na brigada ou nas 13 bases avançadas de combate, que ficam dentro do bioma.