A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD-MS) enviou pedido de explicações à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre a escolha de Estevão Petrallás para assumir interinamente a presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) por 90 dias, após o afastamento de Francisco Cezário da entidade.
A escolha de Estevão Petrallás pela entidade máxima do futebol brasileiro está sendo questionada pelo procurador-geral Adilson Viegas de Freitas Junior. De acordo com ele, Petrallás não assinou a posse da chapa como vice-presidente da FFMS em 2023.
Outro ponto que o procurador deve questionar junto à CBF é que Petrallás está vinculado como presidente do Conselho Deliberativo de um clube, o que tornaria a aprovação de seu nome potencialmente ilegal devido ao conflito de interesses.
“Ainda na tarde de hoje, estou enviando explicações à CBF para entender quais foram os critérios escolhidos pelo nome de Estevão Petrallás. Em casos semelhantes como esse, quem deveria ser o interventor da FFMS é alguém do TJD como exemplos que ocorreram no Mato Grosso e na federação da Paraíba em 2018”, explicou Adilson.
A reportagem teve acesso à ata de posse da FFMS em 2023 e nela constam as assinaturas de cinco vice-presidentes: Marco Antônio Tavares, Alfredo Zamlutti Junior, Américo Ferreira da Silva Neto, Carlos Alberto de Assis e Aparecido José Damaceno.
O nome de Estevão Petrallás não agradou à maioria dos clubes. Conforme informações apuradas por dirigentes que participaram da reunião, o nome escolhido contraria o desejo de todos eles por uma renovação no quadro da federação. Os próprios clubes realizaram um abaixo-assinado para a troca do interino.