Preso desde a última terça-feira (21), o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, se antecipou à Justiça Desportiva e pediu, nesta segunda-feira (27), afastamento da entidade, que estava à frente desde 1998.
Segundo nota divulgada pelo advogado do presidente da FFMS, André Borges, a licença será por tempo indeterminado e foi motivada pela “Operação Cartão Vermelho”, que prendeu Cezário e outros seis pessoas acusados de desviar mais de R$ 6 milhões provenientes de recursos do Governo do Estado e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apontaram que os membros da organização faziam saques de até R$ 5 mil para não chamar a atenção das autoridades. Conforme nota de esclarecimento, o pedido de afastamento vem para “preservar a FFMS, seus filiados e campeonatos de eventuais transtornos”.
“Tudo com o objetivo de garantir a continuidade das atividades da Federação e respectivos campeonatos, sem prejuízo para conveniência das investigações e instrução processual”, trouxe o texto.
A nota ainda diz que a “verdade dos fatos” será demonstrada nas investigações e do processo, “até que seja provada a total legalidade dos atos praticados como Presidente da Federação de Futebol deste Estado”, afirmou.
“Neste momento, o investigado deseja preservar a FFMS, seus filiados e campeonatos de eventuais transtornos, anunciando sua licença nos termos do Estatuto da FEMS, tudo com o objetivo de garantir a continuidade das atividades da Federação e respectivos campeonatos, sem prejuízo para conveniência das investigações e instrução processual”, alegou.