Segundo o site Midiamax, na época, ele foi condenado a pena de quatro anos e cinco meses, em regime semiaberto, por desviar valores na casa dos R$ 56 mil, conforme denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) por supostamente ter transferido recursos da entidade para a conta particular.
Ainda conforme o MPE, parte do dinheiro teria sido usada em campanha política, quando concorreu e ganhou para prefeito de Rio Negro, cargo eletivo que exerceu de 2001 a 2004.
O deputado estadual Evander Vendramini (PP) chegou a tecer críticas à FFMS e avaliou abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para, segundo ele, abrir a ‘caixa-preta’ do futebol. Foram duas tentativas frustradas para investigar possíveis irregularidades no futebol estadual, em 2019 e 2020.
“Os estádios vazios, clubes sem incentivo e jogadores desmotivados. Nos anos 80, o futebol sul-mato-grossense era destaque e, infelizmente, hoje o retrato é de abandono. A Federação Estadual sempre esteve na mão dos mesmos dirigentes, precisamos urgentemente reorganizá-la para retomar o crescimento e modernizar nossos clubes”, declarou.
Na época, ele defendeu uma investigação para apurar como os recursos estaduais foram aplicados pela entidade. A FFMS recebeu R$ 1,2 milhão em recursos estaduais este ano e, anualmente, recebe cerca de R$ 2 milhões da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Os valores seriam para realização de campeonatos e repasse de recursos para os times federados, que também participam de competições nacionais, como a Copa do Brasil. Conforme informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle.
De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões. Somente durante o cumprimento dos mandados nesta terça-feira foram apreendidos mais de R$ 800 mil, inclusive em notas de dólar. Revólver e munições também foram apreendidos.