Durante reunião realizada ontem (17), o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) deu 60 dias para que o JBS resolva o problema de mau cheiro de sua unidade frigorífica localizada no Bairro Nova Campo Grande, em Campo Grande (MS), sob risco de não ter a licença de operação renovada.
Segundo o site Midiamax, também participaram da reunião os vereadores Professor André Luís (PRD), Zé da Farmácia (PSDB) e Coronel Villasanti (União Brasil), que fizeram uma fiscalização no local e constataram que manutenções básicas poderiam resolver ou ao menos amenizar o problema do mau cheiro que persiste há cerca de 14 anos.
Agora, a JBS tem dois meses para implementar as adequações, que estão entre as exigências do Imasul para renovar a licença ambiental. A assessoria da JBS foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre as exigências, mas ainda não respondeu aos questionamentos.
Além disso, o órgão pode aplicar outras sanções como multas. No entanto, os representantes do Imasul que participaram da reunião não obtiveram autorização da assessoria de comunicação para falar com a reportagem. A assessoria foi acionada para esclarecer detalhes dos pontos discutidos na reunião, mas ainda não respondeu aos questionamentos.
Também participou da reunião a vice-presidente da associação dos moradores do Bairro Nova Campo Grande, Fábia Benitez, que considerou o encontro mais um passo para a solução do problema. Fiscalização realizada pelo Imasul, em fevereiro, atestou o relato de moradores da região do Bairro Nova Campo Grande sobre a emissão de mau cheiro vindo do frigorífico da JBS.
O Parecer Técnico Nº 052/2024, elaborado a partir de vistorias em 17 e 19 de fevereiro deste ano para investigar o fedor, evidencia que a fedentina não dava trégua nem durante a madrugada. As fiscalizações também resultaram em uma multa de R$ 100 mil para a planta frigorífica devido ao lançamento irregular de resíduos.