Após a ampla divulgação da mídia sobre a participação de parentes do prefeito e do seu secretariado, finalmente foi concluído o concurso público realizado pela Prefeitura de Corumbá, que acabou sendo colocado sob suspeita.
Para espanto de todos – se é que não foi combinado para evitar problemas futuros com a Justiça -, a primeira-dama e secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Amanda Cristiane Balanciere Iunes, e outros integrantes do primeiro escalão da gestão de Marcelo Iunes (PSDB) reprovaram.
Apenas um teve sorte e passou raspando na prova escrita, Luciano Silva de Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Esportes. A inscrição de comissionados e parentes de comissão organizadora causaram polêmica no concurso realizado pela prefeitura para preencher 645 vagas. O resultado das provas aplicadas no dia 21 de abril foi publicado nesta quarta-feira (8) e virou um vexame para os participantes.
A mulher do prefeito se inscreveu para concorrer para a vaga de Analista de Gestão Governamental – Ciências Econômicas, com salário de R$ 7.452. Ele concorreria a oito vagas com 15 candidatos e, conforme o resultado da prova escrita, obteve nota total 60, sendo reprovada.
O secretário municipal de Finanças e Orçamento, Luiz Henrique Maia de Paula, estava inscrito, mas não compareceu para fazer a prova e evitou o vexame. Agora o seu irmão, Luiz Álvaro Maia de Paula, foi aprovado com nota máxima, 195 pontos, para o cargo de Gestão Governamental.
Já o secretário-adjunto de Gestão e Planejamento, Márcio Rômulo dos Santos Saldanha, foi reprovado ao conseguir apenas nota total 50 e não vai ser efetivado como auditor municipal, com salário de R$ 7,5 mil. Nenhum dos 15 inscritos foi aprovado para preencher as duas vagas disponíveis.
O presidente da Agência Portuária, Marconi de Souza Júnior, foi eliminado ao obter apenas 50 pontos. A presidente da Fundação Municipal Meio Ambiente Pantanal, Ana Cláudia Moreira Boabaid, foi reprovada com nota 75.
O presidente da Fundação de Esportes, Luciano Silva de Oliveira, foi aprovado com nota 115. Já os presidentes das fundações de Turismo, Elisângela Sienna da Costa Oliva, e de Cultura, Joilson Silva Cruz, não realizaram a prova.
Os dois parentes das duas integrantes da comissão de concurso também foram reprovados. Paulo Henrique Soares Pereira desistiu da prova e da comissão. Ele também ficou como ausente.
Após a polêmica das inscrições de integrantes do primeiro escalão e de parentes da comissão organizadora, o Ministério Público Estadual abriu inquérito para fiscalizar e acompanhar o certame.
A princípio, a promotoria não vai ter muito trabalho. Se por um lado, Iunes mostrou que houve seriedade na aplicação das provas, por outro, vai arcar com o vexame de não ter profissionais competentes na equipe. Com infos do site O Jacaré