A decisão do Governo Federal de adiar as provas deste domingo (5) do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que ficou conhecido como Enem dos Concursos, devido aos temporais que atingem 147 cidades do Rio Grande do Sul frustrou mais de 34 mil inscritos de Mato Grosso do Sul, sendo 21.538 somente em Campo Grande.
Segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o Brasil está diante de uma calamidade de proporções inéditas e, por isso, o primeiro compromisso é solidarizar-se com as vítimas dessa tragédia.
“A gente sabe que os candidatos estão preparados, estão estudando, estão se mobilizando para se deslocar para os locais de prova, em alguns casos a gente tentou fazer que o máximo de pessoas estivessem a menos de 100 quilômetros das cidades onde as provas seriam aplicadas, mas, devido ao desastre no Rio Grande do Sul, isso não será viável”, lamentou.
Como não existe um banco de provas disponível para o Concurso Unificado, que será realizado pela primeira vez, haveria risco de as provas aplicadas no estado terem um grau de dificuldade diferente, abrindo brecha para judicialização. Ainda não há definição quanto à nova data da prova, pois os editais do concurso não preveem reaplicação em nenhuma hipótese, mesmo em caso de desastres naturais.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu ao Governo Federal o adiamento da prova nos locais atingidos pelas fortes chuvas, que já deixaram mortos, cidades alagadas e rodovias destruídas. Em solidariedade com os gaúchos, o Governo Federal optou pelo adiamento em todo o Brasil, sendo que uma nova data deve ser marcada para o próximo mês de junho.