Segundo o jornal Correio do Estado, Hudson Ferreira foi atropelado pelo condutor de um Porsche Cayenne – motorista e veículo ainda não foram identificados -, que fugiu do local do acidente sem parar para prestar socorro à vítima.
Na noite do acidente, 22 de março deste ano, tanto a Polícia Civil, quanto a perícia não compareceram ao local. O motoentregador, gravemente ferido, foi socorrido ainda com vida, mas com fratura exposta e muita perda de sangue.
Dois dias depois, ele faleceu na Santa Casa de Campo Grande, data em que a família denunciou o descaso da Polícia Civil. Os documentos foram anexados ao inquérito policial apenas em 2 de abril e a primeira testemunha do caso, a policial militar Simoni Mascarenhas, foi ouvida apenas na última quarta-feira (3).
“Se o motorista não tivesse fugido e prestado os primeiros socorros, meu esposo poderia estar vivo hoje. E em vez de irem atrás do acusado, a Polícia Civil foi atrás de Hudson como se ele fosse fugir do hospital. De alguma forma estão querendo desumanizar a vítima por ser pobre e motoentregador”, lamentou a viúva, Kelly Ferreira, revelando que o marido deixa quatro filhos e quatro enteados.