Além disso, conforme o site MS em Brasília, o IDS atua de forma muito discreta nos municípios desses dois estados, o que contradiz a própria parlamentar que chegou a alegar que a ONG desenvolvia projetos em Mato Grosso do Sul.
Eleita em 2018 de carona no que foi chamado de “Onda Bolsonarista”, ou seja, políticos que se diziam apoiadores do então candidato a presidente Jair Bolsonaro para conseguir votos, ela chegou a dizer que era a “Senadora do Bolsonaro”, mas, atualmente, é ferrenha crítica do ex-presidente.
O valor que Soraya mandou para a ONG carioca IDS poderia ser distribuído entre pelo menos 20 entidades em Mato Grosso do Sul — média de R$ 400 mil para cada uma. O site MS em Brasília apurou que o IDS tem representação “avançada” em Brasília (DF), Rio Branco (AC) e Santo André (SP), mas também não desenvolveu nenhum projeto nessas localidades.
Soraya Thronicke explicou que a ONG realiza feiras em todo o Brasil, inclusive em Mato Grosso do Sul, entretanto, o valor padrão destinado por parlamentar federal a feiras, por exemplo, não passa de R$ 300 mil.
Caso o dinheiro destinado ao Rio fosse mandado para Mato Grosso do Sul, os municípios poderiam realizar pelo menos 25 feiras para a divulgação do trabalho desenvolvido pelos agricultores familiares.
Os recursos poderiam ainda ser utilizados para comprar máquinas e equipamentos agrícolas para famílias de assentados, cujas propriedades sofrem com a falta de infraestrutura básica.
O MS em Brasília apurou que o IDS desenvolve basicamente ações no Rio de Janeiro, com alguns projetos dispersos no Maranhão, estado governado por dois mandatos pelo atual ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em relação às feiras, a entidade tem poucos eventos dessa natureza no site em que divulga suas ações. Há menção a apenas cinco feiras de 2019 para cá. O valor que a senadora destinou ao Rio de Janeiro é oito vezes maior ao que ela anunciou na semana passada a 14 municípios de Mato Grosso do Sul.
Segundo publicação nas redes sociais, Soraya Thronicke encaminhou R$ 1 milhão para usina de asfalto ao Consórcio Codevale no Estado. Também anunciou, orgulhosa, R$ 1 milhão para a área de saúde de Jardim, ou apenas 12,5% do enviado à ONG fluminense para projetos desenvolvidos exclusivamente nos municípios do Rio de Janeiro.
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