Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram ontem (20) o 6º bolsonaristas de Mato Grosso do Sul pela participação nos atos golpistas e de vandalismo praticados no dia 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
Trata-se do empresário campo-grandense Fábio Jatchuk Bullman, punido com 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa armada e destruição e deterioração de bens e patrimônios tombados.
A pena deverá ser cumprida já em regime fechado, conforme a sentença, que soma 12 anos e 6 meses de reclusão, 1 ano e 6 meses de detenção e 100 dias-multa, cada dia multa no valor de 1/3 (um terço) do salário mínimo.
Fábio Bullman foi condenado ainda ao pagamento do valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a ser pago de forma solidária pelos demais condenados.
Além dele, já foram condenados por participação nos atos golpistas os também sul-mato-grossenses Diego Eduardo de Assis Medina, de Dourados; Ivair Tiago de Almeida, de Maracaju; o campo-grandense Eric Prates Kobayashi; Ilson César Almeida de Oliveira, de Sidrolândia e Djalma Salvino dos Reis, de Itaporã.
Fábio Bullman foi preso quando estava no interior do Palácio do Planalto. Ao prestar depoimento, disse que participava da marcha bolsonarista que almejava a anulação das eleições, a derrubada do presidente Lula e a instauração de ditadura militar no Brasil.
Como justificativa por ter sido flagrado no Palácio do Planalto, invadido pela horda bolsonarista, disse que foi levado ao local para ser “socorrido”, já que minutos antes teria tido um ferimento na cabeça.
Contou ainda que teria encontrado policiais no andar de cima do Palácio do Planalto, os quais o levaram até o saguão para prestar o socorro ao ferimento, tendo permanecido ali até ser preso.