A unidade prisional é a única da Região Nordeste que está sob o comando do Ministério da Justiça e, atualmente, ela comporta 208 detentos e mede aproximadamente 13 mil metros quadrados. O sistema foi criado com o objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade.
O SPF (Sistema Penitenciário Federal) é referência de disciplina e nunca houve fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a LEP (Lei de Execuções Penais). Além de Mossoró, o sistema federal tem presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que recebem presos de alta periculosidade.
Tatu e Deisinho foram transferidos do Acre ao sistema prisional do Rio Grande do Norte em setembro do ano passado e, durante a manhã de ontem (14), os agentes penitenciários foram pegos de surpresa após receberem informações sobre a fuga dos detentos, que são apontados como líderes de organização criminosa.
A ausência dos criminosos foi observada durante o banho de sol. Até o momento não se sabe como a fuga aconteceu, mas já foi reportado que houve uma “falha estrutural”, que seria um buraco na estrutura das celas. Até o momento não está claro como eles conseguiram acesso ao exterior da unidade e como não foram vistos ao sair do local.
Uma força tarefa foi desencadeada pelas ruas de Mossoró e de cidades no interior do Rio Grande do Norte na tentativa de recapturar os dois fugitivos. Deisinho tem uma extensa ficha criminal, que inclui condenações por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio.
Ele já passou pelo Presídio Federal de Catanduvas e estava na unidade prisional de Mossoró desde de 2023. Tatu também tem uma extensa ficha criminal, sendo que ele e Deisinho participaram de uma rebelião ocorrida em julho de 2023, em Rio Branco (AC), quando cinco detentos foram executados, decapitados e esquartejados.
Outro que também se encontra em Mossoró e que recentemente deixou a Penitenciária Federal de Campo Grande é Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, que é apontado como uma das principais lideranças do CV (Comando Vermelho), sendo que os dois detentos também seriam integrantes da mesma facção criminosa.