Com um milhão de nomes restritos, os sul-mato-grossenses se esforçaram para deixar a lista de negativados, em 2023. A junção de programas e feirões somam um total de 345.149 pessoas participantes em algum tipo de renegociação, com o Desenrola Brasil registrando um total de 19.149 adesões, enquanto o programa “Limpa Nome”, da Serasa, indica mais 326 mil consumidores.
De acordo com o Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil, divulgado no início deste mês pelo Ministério da Fazenda e a Bolsa de Valores do Brasil, o montante em dívidas disponíveis para renegociação em MS é de R$ 49,182 milhões. Ao considerar dados gerais do Desenrola e da Serasa, MS totaliza 580.819 contratos fechados. Sendo por Cadastro de Pessoa Física (CPF) 19.149 (Desenrola), o que corresponde a R$ 13.490.997,00 em valores negociados.
No ranking nacional, Mato Grosso do Sul figura na 14ª posição em número de negociações entre os estados brasileiros, conforme mostram os dados do Ministério da Fazenda. Já Campo Grande figura entre as 30 cidades com mais operações efetuadas, ocupando a 8ª colocação, com 10.493 mil CPFs limpos e mais de 12,2 mil negociações efetivadas que totalizaram R$ 7.497.017,00 em valores renegociados.
Na série histórica de negociações da Serasa Limpa Nome, que contempla 2021, 2022 e 2023, o volume de acordos e de consumidores que buscaram negociar dívidas cresceu exponencialmente, registrando 1,4 milhão de acordos firmados. Em 2021, 247 mil consumidores fecharam mais de 414 mil acordos apenas no Estado.
O total de descontos no período foi de mais de R$ 566 milhões. Já em 2022, o número de acordos chegou à casa dos 505 mil, enquanto o volume de consumidores que negociaram suas dívidas subiu para mais de 298 mil – somando em torno de R$ 920 milhões em descontos.
Neste ano, mais de 326 mil sul-mato-grossenses fecharam 539 mil acordos, com R$ 1,3 bilhão em descontos concedidos. No âmbito nacional, de acordo com informações da Serasa, a maioria das dívidas negociadas concentra-se em segmentos específicos. Entre os mais populares, está o setor de telecomunicações, respectivamente aos anos de 2021,2022 e 2023 (48,1%, 39,5% e 30,5%), securitizadoras (25,9%, 26,0% e 26,8%), grandes bancos (10,6%, 13,8% e 14,2%) e empresas varejistas (11,0%, 13,5% e 11,8%).