Em vias de se tornar inelegível por ter sido condenado à pena de um ano e três meses de detenção por difamação e calúnia contra o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em julho de 2021, o vereador Tiago Vargas (PSD), de Campo Grande (MS), conseguiu arrumar mais confusão para a cabeça.
Ele foi intimado a prestar depoimento à Polícia Civil em inquérito sobre postagens em apoio aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
De acordo com o site “O Jacaré”, a investigação é movida pelo MPE (Ministério Público Estadual). “Não retiro uma vírgula do que falei. Nós estamos vivendo um estado de exceção, onde o bandido Lula, juntamente com toda sua quadrilha esquerdista, faz o que bem quer em nosso país, com a participação efetiva do Judiciário”, declarou Vargas, após ser interrogado.
“Não podemos levar a sério um país onde temos na Presidência um bandido descondenado e onde nós temos o Ministério da Justiça um comunista assumido”, finalizou. Diante das cenas em que bolsonaristas depredavam as sedes dos três poderes em Brasília, Tiago Vargas celebrou: ”URGENTE!!! O povo brasileiro assume o Congresso Nacional”.
Nas eleições de outubro de 2022, o vereador conquistou votos suficientes para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa. No entanto, foi barrado pela Justiça Eleitoral por ter sido expulso da Polícia Civil, após processo administrativo na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), a quem era feroz crítico e foi condenado por chamá-lo de corrupto. Atualmente, Vargas recorre à Justiça para reverter a expulsão como policial e voltar a ser elegível para tentar sua reeleição nas eleições de 2024.