“Essa operação de agora é mais prolongada. Têm as outras operações GLO [Garantia da Lei e da Ordem] a cargo da Marinha e da Força Aérea em portos e aeroportos. Ao Exército coube a intensificação da Operação Ágata na faixa de fronteira no Centro-Oeste, englobando o Paraná. Esse é o objetivo: vamos ficar bastante tempo aqui para garantir a segurança nessa área da fronteira, apoiando as organizações de segurança pública”, afirmou Tomás Paiva.
Ele disse que as duas fronteiras estão sendo mais vigiadas para a gente poder garantir melhor a segurança do nosso País”, declarou o general em rápida entrevista. Em Corumbá, na área da 18° Brigada de Infantaria do Pantanal, ele visitou pontos de bloqueio fluviais do Exército no Rio Paraguai. Depois, de helicóptero, seguiu para Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai, e foi até o Posto Pacuri, na BR-463, onde equipes da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada mantém fiscalização.
O general lembrou que a Operação Ágata existe desde a criação do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, instituído em 16 de novembro de 2016, mas era feita com menor intensidade e com menos tempo de duração. O comandante defendeu maior presença do Exército Brasileiro em nas fronteiras e lembrou que a corporação já atua de forma mais efetiva na Amazônia.
“[A operação] se encontra com os anseios da população e também com os nossos, que estamos amparados na Lei Complementar 97/99, que prevê, como missão subsidiária do Exército, atuar na faixa de fronteira, podendo fazer revista pessoal, revistar veículos, patrulhar as vias e fazer prisões em flagrante”, disse Tomás Paiva.
Do Posto Pacuri, o comandante seguiu de carro até o posto da PMR (Polícia Militar Rodoviária) na rodovia MS-386, que liga Ponta Porã a Amambai – importante rota do crime organizado na fronteira. O Exército também mantém equipes no local. A reportagem apurou que ele deve dormir em Ponta Porã e retornar a Brasília nesta quinta-feira.