Com carreira de goleiro de Bruninho, avó pede que imprensa esqueça pai e lembra da filha Eliza Samudio

A dona de casa Sonia Moura, mãe de Eliza Samudio e avó materna de Bruninho, fez um apelo nas redes sociais para que a imprensa relacione a carreira de goleiro do neto apenas com a imagem da ex-modelo, que foi assassinada em junho de 2010 com a participação do ex-goleiro Bruno Fernandes. Na “carta aberta”, ela pede para que o “neto e jogador de futebol na posição de goleiro, seja citado como filho de Eliza Samudi” e justificou o pedido como um símbolo de respeito à memória da filha e “em proteção” ao neto.

 

“Carta aberta à imprensa. Na condição de avó e tutora legal de Bruninho, eu Sonia Moura, venho por meio deste solicitar à toda a imprensa e veículos de comunicação que toda e qualquer nota em referência ao meu neto e jogador de futebol na posição de goleiro, seja citado como filho de Eliza Samudio!!! O pedido ético se faz, obviamente, pelo respeito a minha filha e em especial proteção ao meu neto que não precisa ser alvo de matérias que resgatem o caso de repercussão social. Certa de ser compreendida, desde já agradeço. Atenciosamente, Dona Sonia Moura, mãe de Eliza Samudio”.

 

Caso e desdobramentos

 

O menino, que hoje tem 13 anos, morou em Campo Grande até o início deste ano, quando se mudou para Curitiba para estrear na mesma posição do pai no time de base do Athletico-PR. Há 10 anos, o ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado pela morte da modelo Eliza Samúdio. A imprensa se dedicou à intensa cobertura das investigações, do caso, do julgamento e dos desdobramentos.

 

O desfecho judicial do caso ocorreu em 8 de março de 2013, no ‘Dia da mulher’. Dois anos depois, a lei brasileira aumentaria o rigor para crimes contra mulheres, como este, que ganhariam um nome próprio: feminicídio. Em 2018 o ex-jogador foi para o regime semiaberto e atualmente, está cumprindo a pena em liberdade condicional.

 

Eliza Samudio desapareceu em 2010, e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade. Apenas em 12 de julho de 2012, após sentença publicada pela Justiça do Rio, Bruno se tornou legalmente pai da criança. Relembre o caso no vídeo abaixo:

 

Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho com a vítima. O goleiro também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu. Após mais de dez anos da morte da filha, Sônia Moura, ainda tem esperanças de achar o corpo da filha.