Um forte esquema de segurança foi montado para que Arantes fosse entregue pela polícia Boliviana. Na última quarta-feira, no país vizinho, Tio Arantes se identificou à polícia Boliviana como Raildo Teixeira da Silva, mas os policiais perceberam que o documento era falso e pouco depois conseguiram identificá-lo.
No momento da prisão, ele tentou quebrar o aparelho celular que usava. Tio Arantes estava foragido desde novembro de 2021, quando escapou do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande (MS), acompanhado por um colega de cela, Eduardo Benedito do Amaral, de 62 anos. Os cadeados da cela foram retirados do local e a tela do alambrado, que dá acesso à entrada do pátio interno, estava cortada.
Tio Arantes é acusado de participar da morte do advogado Willian Maksoud Filho, em 2006, sendo que estava preso na época, mas foi apontado como um dos responsáveis pela decisão do assassinato do advogado. Ele também é acusado de liderar a rebelião na Máxima, naquele mesmo ano, a maior já registrada do Estado, e tem acusações de participar de assaltos a bancos, além de furtos e receptações.
Considerado um dos chefes do PCC, Tio Arantes foi preso pela última vez em outubro de 2017. Na ocasião, ele foi detido pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) pela explosão de caixas eletrônicos de uma agência bancária, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.