A apreensão, que teve o apoio da Receita Federal, aconteceu na fronteira de Mato Grosso do Sul com o país vizinho, sendo que a suspeita da PF é que o grupo tenha movimentado nos últimos 18 meses cerca de R$ 120 milhões.
Durante a operação, 26 empresas foram fiscalizadas e cinco delas tiveram as atividades suspensas. Nas redes sociais dessas empresas, haviam anúncios de iPads e MacBooks, sendo que os donos ostentavam vidas luxuosas em seus perfis pessoais.
Ao analisar os dados bancários e fiscais dos suspeitos, foi descoberto que eles mantinham empresas de fachada no nome de laranjas para efetuar o pagamento das mercadorias compradas no exterior. Um dos suspeitos, inclusive, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Ao todo, 180 policiais e 74 auditores fiscais e analistas tributários foram empregados pela operação, que cumpriu 50 mandados de busca e apreensão em Ponta Porã (MS), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Sinop (MT), Alta Floresta (MT), Rondonópolis (MT), Ribeirão Preto (SP).
Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, os suspeitos poderão pegar mais de 20 anos de prisão.