Ao todo, foram cumpridas 135 ordens judiciais, sendo um mandado de prisão em Campo Grande, sendo que o nome do alvo não foi divulgado. A investigação teve início há pouco mais de um ano e apontou que a organização vinha, reiteradamente, sonegando impostos e usando empresas de fachada para comercializar e distribuir pescado.
Inclusive, foram criadas pessoas fictícias, com procurações concedidas aos responsáveis pelo esquema de compra de mercadorias nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Em seguida, esses produtos eram revendidos pela beneficiária do esquema criminoso nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá, ambas no Mato Grosso, para dar aparência de legalidade à fraude.
Ao todo, foram 15 prisões, 24 mandados de buscas e apreensão, bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis e mais 15 medidas cautelares diversas em Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Poconé (MT), Curvelândia (MT) e Campo Grande (MS).
O grupo movimentou R$ 120 milhões em mercadorias e deixou de recolher R$ 20 milhões em impostos. Além disso, a inscrição na dívida ativa totaliza R$ 15.613.039,60 em débitos, o que resultou no bloqueio de contas e sequestro de bens.
A investigação apontou ainda que o grupo era dividido em três núcleos: o administrativo e financeiro; o segundo, contábil; e o terceiro, composto por laranjas, ou seja, os donos das empresas de fachada. Eles também contavam com a facilidade de confeccionar procurações em cartório e tentavam cooptar funcionários para dar continuidade ao esquema.
A operação foi batizada de “Salmonidae”, nome científico de uma única família de peixes actinopterígenos pertencente à ordem salmoniformes. Os salmões e as trutas do gênero salmão dão o nome a esta família e à respectiva ordem.