O PT de Mato Grosso do Sul decidiu, na noite de ontem (19), que o partido definirá entre o deputado estadual Zeca e a advogada Giselle Marques quem será o candidato do partido à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais do próximo ano. Além disso, ficou acertado que a escolha entre um dos dois sairá até o mês de agosto deste ano.
A novidade na disputa é o nome de Giselle Marques, que surpreendeu muita gente em Mato Grosso do Sul nas últimas eleições para o governo. Ela terminou o pleito com 155.556 votos, sendo a quinta candidata mais votada na disputa em que Eduardo Riedel (PSDB) saiu vencedor. Giselle Marques ficou na frente do ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD).
Na semana passada, Zeca do PT já tinha lançado sua pré-candidatura ao cargo. Na ocasião, a possibilidade de reedição de um confronto entre ele e André Puccinelli (MDB) (outro que pode se colocar como pré-candidato) foi ventilada. Há quase 30 anos, em 1996, eles travaram no segundo turno em Campo Grande, a disputa mais acirrada da história da Capital, com diferença da 411 votos em favor do emedebista.
Outros nomes que estavam sendo cogitados dentro do PT se retiraram da disputa também na noite de ontem. A deputada federal Camila Jara explicou aos colegas que pretende intensificar seu trabalho nas Câmara dos Deputados, enquanto o deputado estadual Pedro Kemp, que se candidatou a prefeito da Capital em 2020, também pretende se dedicar a seu mandato na Assembleia Legislativa.
Apesar de o partido ter ficado entre Gisele e Zeca, a expectativa é de que ele continue dividido nos próximos meses. Zeca do PT, atualmente, lidera uma ala do partido que tem se aproximado mais de partidos como o PSDB e de ruralistas. Ele tem se posicionado contra a ocupação de fazendas por indígenas, por exemplo, enquanto Giselle Marques, por sua vez, tem o apoio de várias vertentes do PT e ainda acredita que pode ser um nome de consenso dentro da legenda.