Após o terceiro acidente de trânsito com vítima por dirigir bêbado, o médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, ficará preso. A decisão da Justiça levou em consideração o fato de o acusado já ter uma condenação por matar em 2017 uma advogada também durante acidente.
João Pedro foi preso na madrugada de ontem (8), quando, completamente bêbado, bateu a caminhonete que conduzia em um outro veículo, deixando a condutora ferida. Ele se recusou a fazer o teste de alcoolemia, mas foi considerado embriagado pelos militares devido às características que apresentava.
O médico acabou preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol. Nesta manhã, foi submetido à audiência de custódia e a Justiça entendeu que João Pedro deve permanecer preso preventivamente “para garantia da ordem pública”.
Ele será encaminhado para um presídio da Capital, sendo que o advogado de defesa, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, afirmou que entrará com um pedido de habeas corpus, alegando que é uma investigação de um fato culposo – sem intenção.
Na madrugada de ontem, João Pedro seguia em uma caminhonete VW Amarok, cor prata, pela Doutor Paulo Coelho Machado, quando colidiu na lateral de um Toyota Corolla, de cor preta, conduzido por uma mulher. O local onde ocorreu o acidente é sinalizado com semáforo.
A passageira do Corolla, de 28 anos, ficou ferida e foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa com suspeita de fratura no quadril. Ele disse que foi a condutora do carro que furou o sinal.
João Pedro dirigia com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vencida e apresentava sinais de embriaguez, com olhos vermelhos e odor etílico. Ele se negou a fazer o teste de alcoolemia e os policiais fizeram o Termo de Constatação de Embriaguez. A caminhonete dele foi guinchada e levada para o pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
João Pedro já tem um histórico de imprudência no trânsito – casos com vítimas e morte em Campo Grande. Em janeiro de 2017, avançou em alta velocidade na rotatória no cruzamento das avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré, quando atingiu veículo Uno que estava esperando passagem e seguia pela Tamandaré, sentido centro/bairro.
Duas pessoas ficaram feridas e ele fugiu do local, mas responde pelo crime até hoje. João também estaria embriagado. Em novembro do mesmo ano, João Pedro passou embriagado e em alta velocidade pelo semáforo da Avenida Afonso Pena com a Rua Paulo Coelho Machado e a advogada Carolina Albuquerque Machado foi atingida e morreu.
Por esse fato, em 2021, foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por homicídio culposo, já que estava embriagado. A sentença foi determinada para ser cumprida em regime semiaberto.