Após contrair dívida milionária no valor de R$ 3,5 milhões, decorrente de um empréstimo bancário contraído para a construção de uma usina fotovoltaica que não saiu do papel, a Arquidiocese de Campo Grande emitiu um comunicado para todas as paróquias do município pedindo ajuda financeira.
Em setembro de 2022, a Arquidiocese suspeitava de um golpe da empresa ANL Energia Limpa. Na época, a empresa se comprometeu a assumir a dívida, de 48 parcelas mensais de R$ 102.487,75.
Porém, no comunicado assinado recentemente pelo arcebispo metropolitano Dom Dimas Lara Barbosa, a dívida da arquidiocese continua, bem como a “batalha judicial” para tentar reverter o prejuízo.
O documento ainda informa que o Conselho Presbiterial decidiu rifar um apartamento de um empreendimento iniciado no Monte Castelo, avaliado em R$ 160 mil. A ideia da igreja é realizar um show de prêmios, com bilhete vendido a R$ 25.
A paróquia afirma que o que for arrecadado nesse show de prêmios deve ficar para a própria paróquia. Além disso, o depósito que deve ser feito para contribuir com a dívida, não exclui a contribuição mensal.
Administrador da Diocese, o Padre Vagner destaca que o valor total da dívida passa de R$ 4,9 milhões e que o rateio entre as paróquias é a alternativa que estava ao alcance da arquidiocese para solucionar a situação da dívida.
O valor da dívida é superior ao emprestado devido a taxa de juros acrescida, e a quitação do montante seria justamente para evitar o pagamento de mais juros. Enquanto isso, o processo judicial contra a empresa continua.
O padre esclarece que em 29 de setembro de 2022, a empresa ANL Energia Limpa assinou um acordo judicial com a arquidiocese, onde se comprometeu a construir a usina fotovoltaica em 180 dias e quitar o total do empréstimo em 220 dias. Porém, nenhum dos acordos foi cumprido.
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