Os vereadores de Campo Grande aprovaram, ontem (18), relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que, por sua vez, reprovou a prestação de contas da gestão de Alcides Bernal na Prefeitura da Capital referente 2013, quando o Executivo declarou oficialmente R$ 2,1 bilhões em gastos.
O TCE encontrou o total de 10 irregularidades no relatório financeiro do período e o vice-presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy (Solidariedade), comentou que as irregularidades encontradas pelo TCE vão desde pagamento acima do limite prudencial a até gastos sem explicação.
Papy e outros 24 vereadores votaram pela aprovação da reprovação das contas, sendo que foram contrários apenas Luiza Ribeiro (PT) e Vitor Rocha (PP). O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) classificou a aprovação como “previsível demais” e argumenta que não houve prejuízo ao erário naquele período.
Ele aponta que a votação favorável em peso ocorre às vésperas das próximas eleições municipais e que há “intuito em torná-lo inelegível”. Há contradição na afirmação, no entanto, pois Bernal já está impedido de se candidatar durante cinco anos por sentença judicial.
Por fim, o ex-prefeito considera injusta a avaliação da Casa de Leis, pois a Câmara Municipal não pode ser avalista de uma decisão indevida e ilegal. Para sustentar o que diz, ele compara a suplementação aprovada em sua gestão à do também ex-chefe do Executivo da Capital, Nelson Trad Filho (PSD).
Conforme Bernal, Nelsinho tinha 30% para suplementação, mas os vereadores reduziram para 5% na minha gestão. Entretanto, o próprio TCE concluiu que não havia nenhuma irregularidade na suplementação, porque estava dentro da previsão legal.