Um deles é o eletricista Altino Pereira Bispo, 57 anos, que trabalha com instalações elétricas em Chapadão do Sul, mas é do Piauí. Ele foi preso entre os dias 8 e 11 de janeiro, sendo liberado no dia 18 daquele mês, com tornozeleira eletrônica.
A outra é Silvia Adriana Nogueira dos Santos, que é nascida em São Paulo, mas mora em Dourados. Ela está desempregada, mas desenvolve um projeto de compras inteligentes. Completou 50 anos enquanto estava acampada, em Brasília.
O último da lista é Rodrigo Ferro Pakuszewski, 28 anos, morador do assentamento Nova Itamarati, em Ponta Porã. Ele é sócio de uma empresa de energia solar e dono de produtora musical, ambas já desativadas. Além disso, é filho de um dos assentados no Projeto de Assentamento Itamarati 2.
Todos constam no inquérito 4.921, que investiga os autores intelectuais e pessoas que instigaram os atos. A acusação é por incitação ao crime (artigo 286, parágrafo único) e associação criminosa (artigo 288), ambos do Código Penal.
A reportagem tentou entrar em contato com a defesa dos acusados e somente a advogada Polyana Muraro, que representa Pakuszewski, foi localizada e disse que irá fazer a sustentação oral, única alternativa dada pelo STF para a defesa.
Pelo menos 15 pessoas residentes ou nascidas em Mato Grosso do Sul já se tornaram réus pela invasão e depredação em Brasília: Antônio Plantes da Silveira de 53 anos; Cassius Alex Schons de Oliveira, 48 anos; Diego Eduardo de Assis Medina, 35 anos; Djalma Salvino dos Reis, 45 anos; Elaine Ferreira Gonçalves, 43 anos; Eliel Alves, 44 anos; Eric Prates Kobayashi, 40 anos; Fábio Jatchuk Bullmann, 41 anos; Fabrício de Moura Gomes, 45 anos; Ilson Cesar Almeida de Oliveira, de 45 anos; Ivair Tiago de Almeida, 47 anos; Joci Conegones Pereira, de 52 anos; José Paulo Alfonso Barros, 46 anos; Maria Aparecida Barbosa Feitosa, 47 anos e Ricardo Moura Chicrala, 33 anos.