Em razão da crescente preocupação dos pais de alunos, professores, diretores e demais funcionários das escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande, a Prefeitura Municipal anunciou, nesta terça-feira (11), uma série de providências para reforçar a segurança nas 205 unidades escolares do município.
As principais delas são o reforço da ronda escolar e a implantação de um canal direto de comunicação das 205 escolas com a Guarda Civil Metropolitana, batizado de “botão do pânico”.
Em nota, publicada nas redes sociais, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informa que “está adotando medidas para conter possíveis ataques e sanar as ameaças nas escolas da Reme”.
A ronda escolar contará com 89 guardas municipais que se revezarão para atender as escolas durante os dias letivos. Os agentes trabalharão em dez viaturas que estarão de prontidão no entorno das unidades nas sete regiões urbanas da Capital.
Com o chamamento de mais 109 guardas do último concurso para o cargo, o reforço será possível. A Prefeitura Municipal de Campo Grande convocou os aprovados no curso de formação no dia 29 de março.
Além disso, unidades escolares terão a segurança reforçada com câmeras, trancas e alarmes. “As escolas com maior risco já foram mapeadas e estão sendo monitoradas”, completa a nota, sem dar mais detalhes.
Desde a semana passada, quando o Brasil testemunhou um massacre em creche de Blumenau (SC), o medo do “efeito contágio” – ou seja, que novas escolas sejam alvo de ataques sangrentos – se espalha, a cada dia com mais rapidez.
Também na semana passada, a Polícia Militar recebeu seis chamados para ocorrências em escolas de Campo Grande. Chegou a haver revista de alunos, mas as ameaças não passavam de trotes.
Nesta segunda-feira (10), chegaram aos sites de notícias várias denúncias de “atentados” em colégios da rede municipal e estadual da Capital – nos bairros Universitário, Recanto dos Rouxinóis, Pioneiros, Centro Oeste, Aero Rancho, Caiçara, Guanandi, Coophavilla 2 e Lar do Trabalhador.
A maior parte delas, feitas pelos pais dos alunos e que também eram alarmes falsos. Pais começaram a exigir reforço na segurança e ontem (10), mães até protestaram em frente a uma unidade da Reme, nas Moreninhas.