A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou, ontem (27), mais duas mortes por dengue, totalizando sete óbitos somente nestes primeiros três meses do ano, enquanto outros três permanecem em investigação. Além disso, mais 2.834 pessoas teriam sido infectadas pela doença na última semana, alcançado a marca de 16.723 casos prováveis no mesmo período.
Segundo a SES, as duas mortes registradas na última semana são de um homem de 64 anos e de uma mulher de 39 anos, ambos de Três Lagoas. O município é o segundo com o maior número de casos prováveis da doença (2.086), atrás apenas de Corumbá (2.602), enquanto Campo Grande aparece em terceiro com 1.579 casos prováveis de dengue.
Dos 79 municípios do Estado, 45 estão em estado de alerta, apresentando alta incidência da doença, ou seja, registrando mais de 300 casos por 100 mil habitantes. São eles: Batayporã, Alcinópolis, Bodoquena, Jaraguari, Antônio João, Itaporã, Corumbá, Ladário, Bonito, Cassilândia, Bela Vista, Juti, Caracol, Três Lagoas, Brasilândia, Figueirão, Água Clara, Sidrolândia, Maracaju, Ivinhema, Jardim, Miranda, Deodápolis, Guia Lopes da Laguna, Laguna Carapã, Naviraí, Rio Verde de Mato Grosso, Sonora, Pedro Gomes, Vicentina, Caarapó, Angélica, Bataguassu, Rio Negro, São Gabriel do Oeste, Coxim, Anastácio, Camapuã, Aral Moreira, Taquarussu, Porto Murtinho, Rochedo, Ponta Porã, Itaquiraí e Anaurilândia.
Outros 22 municípios apresentam média incidência, com 100 a 300 casos por 100 mil habitantes. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o Estado registra um aumento de 611,9% no número de casos prováveis, pois, nas primeiras 11 semanas de 2022, foram registrados 2.349 casos prováveis de dengue. Entre os dias 20 e 24 de março, o Ministério da Saúde esteve em Mato Grosso do Sul para realizar visita técnica e discutir ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial a dengue e a chikungunya.
As autoridades de saúde recomendaram que os municípios desenvolvam trabalhos específicos para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão das doenças, que se reproduz em água parada. Segundo o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas, diagnosticadas por médico especialista.