Dia sim e outro também a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), apronta das suas, prejudicando a população do município. Agora, conforme denúncia da Rádio CBN, a inexistência de um hospital municipal em Campo Grande está criando situação alarmante que agora começa a comprometer as finanças e a estrutura de atendimento dos hospitais que prestam serviços à população pagos pela Prefeitura Municipal.
Segundo a denúncia, o município vem criando novas regras para tentar fugir de suas responsabilidades e se ver livre de punição por manter pacientes em suas unidades próprias por tempo superior ao que é estabelecido pelas normas sanitárias, burlando os protocolos que regulam o encaminhamento de pacientes aos hospitais conveniados.
As normas sanitárias estabelecem que unidades de saúde como as UPAs (Unidades de Pronto Atendimentos), CRSs (Centros Regionais de Saúde) e CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) podem manter o paciente sob sua responsabilidade durante o período máximo de 24 horas.
Passado esse prazo, obrigatoriamente o paciente deve ser encaminhado para o hospital. Essa transferência se dá por meio da central de regulação, cuja responsabilidade é exclusiva da prefeitura. Os casos graves, principalmente em se tratando de acidentes de trânsito e de outras situações que colocam a vida do paciente em risco, são encaminhados ao hospital via ‘vaga zero’, ou seja, não importa se existe ou não vaga no hospital.
O paciente é recebido na unidade e terá atendimento prioritário. Em outra situação, quando se trata de casos menos graves, a Prefeitura entra em contato com o hospital e define o encaminhamento do paciente. Agora, a prefeitura decidiu inovar, criando um novo “protocolo”, denominado “paciente encaminhado”.
Na prática, trata-se de um abuso, pois, nessa modalidade, a Central de Regulação sequer comunica ao hospital o encaminhamento do paciente, mesmo não sendo atendimento de emergência ou de urgência. Esse tipo de procedimento vem comprometendo a capacidade de atendimento dos hospitais conveniados, que em função da falta de leitos começaram a reter macas do SAMU, pois, do contrário, não têm onde manter os pacientes.
Os números da Santa Casa de Campo Grande, de janeiro a dezembro de 2022, demonstram os estragos que isso vem causando na oferta de leitos do hospital: Protocolo vaga zero – 11.562 pacientes; Protocolo paciente encaminhado – 11.921 pacientes; e Protocolo encaminhamento autorizado – 4.219 pacientes.
De julho a dezembro de 2022, disparou o número de pacientes que deram entrada na Santa Casa por meio dos protocolos ‘encaminhado’ e ‘vaga zero’: aumento de 85%. Pacientes recebidos com base no protocolo encaminhamento autorizado tiveram alta de 15%. Com informações do comentarista Edir Viegas, do CBN em Pauta
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