O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, suspendeu pela terceira vez o júri popular do empresário campo-grandense Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, marcado para o dia 16 de maio deste ano, pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, filho do ex-capitão PM Paulo Xavier, o “PX”, que seria o verdadeiro alvo dos pistoleiros.
Inicialmente, o magistrado marcou o júri popular para o dia 20 de outubro de 2020, no entanto, a defesa conseguiu adiar ao recorrer ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a pronúncia dos réus. O caso foi parar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas, como o recurso não tem efeito suspensivo, o magistrado marcou o júri para começar no dia 15 deste mês.
No entanto, os advogados alegaram que a participação de Jamilzinho por videoconferência comprometeria a defesa plena do réu e pediram o adiamento até a viabilização da participação presencial do julgamento. O magistrado e a 2ª Câmara Criminal do TJMS negaram o recurso e mantiveram o júri.
Antevendo a derrota no STJ, o juiz se antecipou e pediu a transferência, em regime de urgência, de Jamilzinho, do guarda municipal Marcelo Rios e do policial civil Vladenilson Daniel Olmedo do presídio de Mossoró para Campo Grande a tempo de participarem do julgamento.
O Departamento Penitenciário Nacional informou que não haveria tempo hábil para cumprir a medida e o juiz acabou adiando o júri para o dia 16 de maio. O ministro Rogério Schietti Cruz, do STJ, concedeu liminar e suspendeu o júri até o julgamento do habeas corpus pela corte. Agora, além da participação presencial no júri popular, a defesa quer manter Jamilzinho no Presídio Federal de Campo Grande. No entanto, conforme Santos, a decisão caberá ao juiz corregedor do Presídio Federal de Mossoró.