Após o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) admitir a possibilidade de trazer os réus que estão no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande (MS), marcou para o dia 16 de maio deste ano a realização do júri popular do empresário campo-grandense Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, e de outros investigados pela execução do acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier, filho do ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, o “PX”, que seria o verdadeiro alvo dos pistoleiros.
Segundo o magistrado, o júri popular deve durar até o dia 19 de maio, caso não aconteça nenhuma intercorrência. Ele inicialmente planejava fazer o julgamento com a participação dos réus por videoconferência, mas a apresentação de habeas corpus no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que acabou rejeitado, e no STJ (Superior Tribunal de Justiça), pendente de julgamento, fez o magistrado suspender a data fixada diante do risco de que viesse uma decisão determinando a suspensão.
No entanto, Aluizio Pereira dos Santos alerta que a hipótese da videoconferência não está descartada caso os réus não sejam trazidos à Capital. O juiz pontua não se opor à transferência dos 3 réus para o presídio federal de Campo Grande, uma vez que respondem a vários processos e a ausência causa transtornos, como o risco de adiamentos.
O acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier foi executado a tiros de fuzil no dia 9 de abril de 2019, sendo que ele foi morto por engano no lugar do pai, o PX, que teria a morte encomendada por Jamilzinho e arquitetada por Vladenilson e Marcelo Rios, que eram homens de confiança do mandante.