A empresa Brave Brazil Formaturas e Eventos, de Santa Catarina, foi acionada na Justiça por acadêmicos do último ano do curso de Medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) após “desparecer” com R$ 450 mil destinados para o baile de formatura dos formandos.
No site oficial, a empresa apresenta-se como especialista em realizar as maiores e melhores formaturas de Medicina no Brasil, porém, em Campo Grande os 45 alunos da UFMS tiveram de entrar com ação de tutela antecipada na tentativa de minimizar os danos.
Além disso, também foram firmados contratos individuais sobre os valores a serem arrecadados para a festa de formatura. Cada formando pagava o boleto emitido pela empresa, sendo o valor depositado na conta corrente aberta exclusivamente para gerenciar esse dinheiro.
Até este mês de janeiro, os formandos já haviam arrecadado R$ 578.644,37, porém, a presidente da comissão de formatura soube que a empresa descumpriu o contrato com a turma de Medicina da Unicesumar, que acabou sem a festa.
Por isso, a vítima decidiu verificar o andamento do contrato com a empresa, consultando também o extrato da conta. Foi então que ela se deparou com um saldo muito inferior, R$ 36.537,09.
Ainda é apontado que houve movimentação da conta sem assinatura da presidente da comissão de formatura, ou seja, em desacordo com o contrato. Então, ela solicitou esclarecimentos da empresa.
A partir daí foi marcada uma reunião para o dia 26 de janeiro, depois cancelada sem justificativa. Foi então que a Brave parou de responder às solicitações da formanda.
Foram várias tentativas de contato, mas todas frustradas. Assim, o representante com quem a comissão teve contato chegou a relatar o desligamento da empresa, “por não concordar com algumas posições que a mesma vem tomando”.
A situação ainda se agravou, sendo que o saldo da conta dos formandos foi diminuindo, chegando a R$ 7.683,98. É esclarecido na peça que do montante arrecadado, R$ 152.400,04 já teriam sido usados em um evento.
No entanto, deveria haver na conta R$ 464.483,07, sendo verificado um desfalque de mais de R$ 450 mil. Por isso, o advogado pede na ação que o banco preste informações relacionadas às movimentações da conta.
Também foi requerido arresto cautelar dos bens da empresa, até o valor de R$ 700 mil – correspondendo ao valor que deveria estar na conta dos alunos e também acrescido dos danos morais sofridos.
A reportagem também tentou contato com a empresa, mas o telefone esteve ocupado em todas as tentativas. Ainda foi acionado o WhatsApp da Brave, que aparece online, mas também sem qualquer retorno. Com infos Midiamax.
Vai vendo!!!