O morador de Campo Grande, que não teve a identidade divulgada, foi preso ontem (08/01) em Brasília (DF) por participar de atos de vandalismo e depredação. Em trecho do depoimento, ele afirmou que mora na Capital e que viajou para Brasília com tudo pago pelos organizadores da invasão aos prédios públicos.
O rapaz revelou ainda que está desempregado e que foi até o local em uma caravana, com pessoas de vários locais do País, e que a viagem foi financiada. O preso por “golpe de estado” optou por se manter em silêncio em várias partes do interrogatório.
Ele limitou-se a dizer que não foi cobrado sobre passagem para ir até a Capital Federal para participar de “movimentos em prol da nação” e que é a terceira vez que vai ao local pelo mesmo motivo. Em todas as idas, o manifestante sempre ficou no acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército.
No domingo, segundo a versão do detido, ele participou da caminhada de manifestação e disse que observou de longe que estava havendo um confronto. Mesmo alegando estar longe, o golpista afirma que foi atingido nos olhos por gás lacrimogêneo, usado pela polícia na tentativa de conter o grupo de vândalos que tentava, naquele momento, invadir a Praça dos Três Poderes.
O campo-grandense segue dizendo que se dirigiu ao Palácio do Planalto “como forma de sair da confusão”, pois imaginou ser local tranquilo devido à presença de um cordão do Exército. Ele alegou que um grupo de manifestantes se ajoelhou na frente dos soldados e o outro grupo continuou com a manifestação.
No momento das depredações e vandalismos do Planalto, o manifestante afirma que entrou no prédio, mas alega que foi em um momento de correria e que não presenciou a depredação. Manifestantes que saíram de Mato Grosso do Sul participaram da invasão aos três centros do poder constitucional brasileiro.
Um rapaz com uma camiseta com a inscrição “Patriota do MS”, foi visto em um dos vídeos dentro do Palácio do Planalto, tentando abrir uma das portas, possivelmente a do gabinete presidencial. Essa camiseta é similar a camisetas que estavam sendo comercializadas no acampamento bolsonarista em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.