A manifestação realizada por bolsonaristas na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande (MS), contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição presidencial, completa um mês na quinta-feira, dia 1º de dezembro, e já começa a dar sinais de enfraquecimento. Se no início do protesto chegou a reunir milhares de pessoas e impedir o trânsito de veículos, agora resume-se a poucos acampados no canteiro, mas sem obstrução da via.
Com o enfraquecimento do ato antidemocrático, os organizadores estão planejando uma paralisação geral ainda para esta semana caso até esta quarta-feira (30) as eleições não sejam anuladas, sejam convocadas novas eleições em urnas auditáveis, dissolução do STF (Supremo Tribunal Federal), fim da censura ditatorial e que Lula seja declarado inelegível.
Segundo um manifestante que não se identificou, a ordem é parar o Brasil, realizando ações em vários pontos do país, não somente nas rodovias. Além disso, os bolsonaristas de todos os municípios estão sendo convocados para virem à Capital se concentrar em frente do CMO.
A paralisação deve durar até o dia 10 de dezembro e pode atingir alguns serviços essenciais como o abastecimento dos postos de combustíveis, tendo em vista que os caminhoneiros afirmaram que vão aderir ao ato. A expectativa para os dias de paralisação é de mais de 150 mil em frente ao CMO, sendo a Avenida Duque de Caixas será novamente interditada.
FILHO NA COPA
Foi grande a enxurrada nas redes sociais por conta da ida de Eduardo Bolsonaro ao Catar para assistir ao jogo do Brasil na Copa do Mundo. Nem mesmo alguns árduos defensores do bolsonarismo se aguentar diante da imagem do filho do presidente Jair Bolsonaro comemorando alegremente ao lado da esposa Heloisa na transmissão feita pela FIFA.