Com a morte de Alexsandra Galvão de Arruda, 42 anos, ocorrida na madrugada de ontem (13) no Bairro Jardim Centro Oeste, em Campo Grande (MS), Mato Grosso do Sul alcançou a triste marca de 35 feminicídios somente de 1º de janeiro a 13 de novembro deste ano. A última vítima foi assassinada pelo homem com quem dividia a casa e a vida, sendo encontrada pela Polícia Militar com a blusa levantada na altura dos seios, shorts abaixados até o tornozelo e sem roupas íntimas.
Em um primeiro momento, a Polícia levantou a suspeita de crime contra a dignidade sexual (ou tentativa), porém, a delegada de Polícia Civil Elaine Cristina Ishiki Benicasa, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), confirmou que o companheiro da vítima a teria matado com golpes de faca no pescoço. Ela apresentava um corte profundo na parte posterior do pescoço, até a bochecha do lado direito do rosto (quase degolada), estava deitada de bruços, em início de rigidez cadavérica.
Preso em flagrante, sendo indiciado pelo crime de Feminicídio Consumado, praticado no contexto de violência doméstica, ele cumprirá prisão preventiva, pois se entregou após o delito. Durante interrogatório, entretanto, o companheiro da vítima se recusou a revelar como praticou o crime, não narrando a dinâmica dos fatos aos policiais. Ainda assim, ele confirmou que a faca apreendida pela Polícia foi a mesma usada para cometer o feminicídio.
O homem não revelou o motivo de a vítima estar seminua e, sem dar mais detalhes, alegou apenas que ambos tinham bebido, sendo que o crime aconteceu depois de uma discussão, sobre uma possível traição em um barzinho. Vale ressaltar que janeiro foi o mês mais sangrento deste ano com sete ocorrências registradas, conforme a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), seguido por junho, como seis casos, e setembro vem em seguida com cinco crimes no intervalo de 30 dias.
Depois, aparecem no ranking os meses de abril e maio, com quatro e três feminicídios registrados, respectivamente. Ainda em agosto Mato Grosso do Sul já ultrapassava a marca de maior índice anual de feminicídios registrados, desde 2015, ano em que foi instituída a tipologia deste crime. Os meses de fevereiro, março, julho, agosto e outubro aparecem com dois feminicídios registrados cada um. Com informações do site do Correio do Estado