Na melhor demonstração de como se pode exemplificar o capitalismo, o grupo paranaense que arrematou em leilão por R$ 9,3 milhões o prédio da falida empresa de materiais de construção Bigolin, de Campo Grande (MS), colocou à venda a antiga loja por R$ 25 milhões. Caso a venda seja efetuada pelo valor pretendido pelos atuais proprietários do imóvel, o ganho pode chegar a 168%.
Nesta semana, a corretora colocou a placa de vende-se no prédio localizado na Rua 13 de Maio, na Vila Glória, onde funcionou a principal loja do grupo por mais de três décadas. “Imóvel comercial em excelente localização, com área total do terreno de 10.161m², área total construída de 6.266m² (área construída do salão principal com frente para a Rua treze de maio de 3.612m² e testada de 99 m, área construída do galpão localizado no pátio do imóvel de 2.654m²). Possui também dois depósitos na sobreloja com ampla área de escritórios com divisórias”, enumera o anúncio.
“Conta com quatro amplos banheiros masculino/feminino para clientes, sendo três no salão principal e um na sobreloja. Ampla área de estacionamento com 45 vagas no subsolo e lateral e em torno de 20 vagas no recuo da calçada em frente ao imóvel. O imóvel possui duas entradas para veículos pesados”, descreve, revelando que o prédio estava avaliado em R$ 14,4 milhões pelo administrador judicial. A Caixa Econômica Federal pediu a suspensão da alienação ao apontar que o valor estava 46% abaixo do estimado pelo mercado imobiliário.
O juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Recuperações Judiciais, Falências e Insolvências de Campo Grande, autorizou a conclusão do leilão da Bigolin. A corretora Carames e Martins Imóveis, do Paraná, pagou R$ 9,36 milhões. O grupo paranaense deu 25% do valor (R$ 2,34 milhões) de entrada e parcelou o restante em 30 parcelas. O prédio foi colocado à venda por R$ 25 milhões, quase equivalente ao montante de R$ 30,3 milhões arrecadado com a realização do leilão dos bens da massa falida. Com informações do site O Jacaré