Boletim Epidemiológico de Dengue divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) mostra que Mato Grosso do Sul é o 10º Estado no ranking de locais com maior índice de casos da doença no Brasil. Somente na última semana, 274 novos casos prováveis de dengue foram registrados no Estado e o total deste ano alcança o índice de 23.330 mil casos prováveis.
Além disso, desde março, foram registradas 20 mortes por dengue em Mato Grosso do Sul, com o último óbito registrado em outubro. São os municípios com maior incidência, ou seja, maior percentual de casos em comparação com o número de habitantes, São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, e Angélica, respectivamente. Entretanto, em número de casos, a cidade com o maior índice de registro é Campo Grande, com 8.203 no total.
O boletim mostra, ainda, que 47,4% dos atingidos pela dengue são mulheres, enquanto 52,6% são homens. Conforme a SES, a dengue manifesta sintomas de febre aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico. Enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.
Fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias. Considera-se caso suspeito de dengue, aqueles que, no período de defervescência da febre, apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme: dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen; vômitos persistentes; acumulação de líquidos; sangramento de mucosas; letargia ou irritabilidade; hipotensão postural; hepatomegalia maior do que 2 cm; e aumento progressivo do hematócrito.
O tratamento baseia-se principalmente na hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.