Com a vitória do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), com 56,90% dos votos válidos, para governador de Mato Grosso do Sul, o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) quebrou uma “maldição” que já durava 32 anos no Estado. Afinal, desde 1990, quando eleitores sul-mato-grossenses foram às urnas pela 1ª vez para escolher o governador, o chefe atual do Executivo estadual conseguiu fazer um sucessor.
Em entrevista concedida à imprensa logo após a confirmação oficial da vitória do seu candidato, o governador Reinaldo Azambuja declarou que “foi a vitória da gestão com responsabilidade”. Ele afirmou, contudo, que a conquista é de toda a equipe dos seus oito anos de gestão. “Não é a minha conquista, é a nossa conquista, de toda uma equipe. Temos um grupo unido, que sempre acreditou nesse modelo de administração”, garantiu.
O chefe do Executivo estadual afirma ainda que apesar de Riedel não ser um nome popular, não enfrentou resistência no ninho tucano e ganhou apoio da população aos poucos. “O Eduardo tinha todos os predicados que a população procurava. Ajudou a construir as políticas públicas, conversou com toda classe política, percorreu o Estado. Sempre foi o candidato mais preparado. Quando a população teve de escolher entre alguém que só criticava e outro que apresentava propostas para o crescimento do Estado, não titubeou”, pontuou.
Naquele ano, Marcelo Miranda governava Mato Grosso do Sul pelo então PMDB e Gandi Jamil, do PDT, era o candidato da situação – o partido do então governador estava na coligação. Mas, Pedro Pedrossian, do PTB, foi o eleito com 417.589 votos. Quatro anos depois, Pedrossian lançou Levy Dias, do PPR, que foi derrotado por Wilson Barbosa Martins (PMDB), que obteve 392.365 votos, 53,70% dos válidos.
Em 1998, com apoio de Wilson, Ricardo Bacha foi candidato a governador pelo PSDB, sendo derrotado no segundo turno, por José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, que obteve 548.040 votos, 61,27% dos válidos. O petista foi reeleito em 2002 e em 2006, o PT tentou eleger Delcídio do Amaral, mas o escolhido para governar Mato Grosso do Sul, com 61,34% dos votos válidos, foi André Puccinelli, do PMDB.
O peemedebista queria passar a faixa para Nelsinho Trad, peemedebista até então, em 2014, o ano em que Reinaldo Azambuja (PSDB) foi eleito com 55,34% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Delcídio do Amaral (PT), com votação de 44,66%, e Nelsinho ficou em terceiro, com 16,42%. Nestas eleições, o tucano Eduardo Riedel, que foi secretário da gestão Azambuja por cerca de sete anos e meio, obteve 808.210 votos contra 612.113 de Renan Contar (PRTB), que atingiu o percentual de 43,10%.