Segundo a Polícia Civil, a família de criminosos seria autora de pelo menos seis invasões a condomínios de luxo na Capital. Imagens divulgadas nas redes sociais dos suspeitos mostraram que o grupo tem “usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, sendo tudo fruto do dinheiro arrecadado com a venda dos bens subtraídos das residências das vítimas”.
No fim de abril, parte da mesma quadrilha já tinha sido presa e eles fingiam ser trabalhadores da construção civil para se infiltrar em condomínios como Terra Ville, Damha, Golden Gate e Vilas Park. Ontem a Derf cumpriu mandados de busca e apreensão em seis endereços e conseguiu recuperar celulares, documentos, dinheiro em espécie, veículos e objetos retirados das vítimas, além de alguns bens que teriam sido comprados com valores furtados.
A namorada do chefe do grupo e a mãe dela eram responsáveis pela venda dos objetos furtados das residências. Depois, elas também distribuíam os valores arrecadados e garantiam esquema de lavagem para legalizar o dinheiro. A Derf informou que, além da família, outros dois homens foram presos por furto a residência localizada no Bairro Antônio Vendas, no último domingo. O oitavo não tinha ligação direta com os crimes, mas foi preso na operação porque era foragido da Justiça.
A quadrilha chegou a faturar R$ 500 mil de apenas uma das vítimas, segundo informações da Derf. Parte do grupo que tinha sido preso em abril deste ano mas se beneficiou de medidas cautelares ou liberados por não terem antecedentes criminais era composto por Solange Ferreira Lima, 47 anos, Luiz Gustavo Brunetto, 24 anos, Valdeir Pereira de Moraes, 27 anos, Rafael Ferreira Dernandes, 27 anos, e Bruno Norberto Artur, 21 anos.
Os dois últimos foram liberados mediante monitoramento eletrônico e Solange Lima teve prisão convertida em domiciliar, enquanto Luiz Gustavo Brunetto e Valdeir de Moraes foram mantidos presos. A prisão ocorrida ontem decorreu do cometimento do mesmo crime pelos que estavam fora das grades, mas que mantiveram o modus operandi de acessar casas de condomínios de luxo e subtrair pertences de alto valor, posteriormente vendidos por Solange Lima.
Os criminosos entravam escalando os muros dos condomínios, cortando a cerca elétrica ou concertinas. Inativando o sistema de segurança, eles entravam nas casas mais próximas ao muro de terrenos com obras ou vazios e por ali entravam. As residências eram escolhidas de maneira aleatória, pelo menos inicialmente. Eles observavam se havia pessoas no momento da ação, carros estacionados, luzes acesas ou não. Após a análise prévia, entravam nas casas rompendo obstáculos também, arrombando portas e janelas.