Durante a “Operação denominada Erratum”, que significa enganado em português, o Procon, em conjunto com a Decon/MS (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor no Estado), Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) e Ministério do Trabalho, suspendeu as atividades da empresa E.A. Soares Negociações Ltda., cujo nome de fantasia é Bank Street Negociações, localizada na Rua 13 de Maio, 2.500, onde ocupa as salas 202 e 1.703, nos 2º e 17º andares, respectivamente.
A autuação indica que a empresa comercializa consórcio como se fosse financiamento e, durante a diligência, uma das pessoas enganadas e que vem travando verdadeira batalha na tentativa de conseguir a devolução do que foi pago, se encontrava no local acompanhada de advogada. Em contato com o representante da empresa, ela recebeu a sugestão de que “procurasse seus direitos”. A vítima, dessa vez, foi o senhor Leonardo da Silva, tendo sua advogada afirmado, inclusive, que o tratamento que lhe foi dado foi “o mais rude possível”.
A empresa, cujas iniciais representam o nome do proprietário Everton Arruda, vinha trabalhando sem Alvará de Funcionamento e Localização, promovia publicidade enganosa – uma vez que anunciava financiamento e vendia consórcio – e operava em nome da Omni Administradora de Bens e Consórcios Ltda e do Banco Street Negociações que não possuem autorização do Banco Central para exercer essa atividade.
Entre as irregularidades consta o fato de a empresa não ter identificação ou fachada em qualquer das salas e, além disso, contratar pessoas, muitas delas menores de idade, como vendedoras, sem qualquer vínculo trabalhista. Entretanto no seu interior expunha quadros anunciando os serviços que não eram prestados, como financiamento de imóveis e veículos como forma de melhor convencimento às possíveis vítimas.
Diante de situações como essa, o Procon alerta para que os consumidores fiquem atentos de modo a não caírem em golpes, uma vez que há empresas mal-intencionadas que comercializam cotas de consórcios como se fossem financiamentos de bens móveis e imóveis. Em uma das salas existiam vários cadernos com instruções, verdadeiro passo a passo, para induzir os funcionários a convencer os consumidores.
Por ocasião da diligência, uma funcionária do local foi levada presa para a Decon por desacato aos policiais que ali se encontravam. A suspensão das atividades do Bank Street Negociações deverá durar até que sejam sanadas todas as irregularidades e seus responsáveis apresentem, formalmente, a documentação ao Procon.