O certame foi autorizado apesar do alerta da Caixa Econômica Federal de que o imóvel está à venda por um valor 46% inferior ao do mercado. Apesar disso, o magistrado determinou o repasse para o banco dos R$ 825,9 mil arrecadados com a venda de quatro imóveis que estavam como garantia fiduciária. A Caixa tentou impedir o leilão, mas os bens foram arrematados antes da decisão ser analisada pela Justiça.
A Caixa insistiu na manutenção da suspensão do leilão pelo administrador judicial, mas o pedido foi negado pelo juiz. A instituição financeira alegou que dois lotes estavam subavaliados. Conforme laudo anexado nos autos, o valor de mercado dos imóveis é de R$ 5,961 milhões. A Pradebon & Cury Advogados Associados estima que o valor de mercado seja de R$ 3,95 milhões – o banco alega que o valor real é 92% maior.
O prédio será levado à venda pela Mega Leilões. A empresa já vendeu praticamente todos os 250 mil itens colocados à venda entre março e abril. O prédio principal, avaliado em R$ 14,4 milhões, só não foi vendido porque o magistrado retirou após o próprio administrador judicial reconhecer o erro na avaliação e no valor do imóvel.
O leilão da Bigolin já arrecadou R$ 19,9 milhões. A dívida da empresa, que foi à falência após mais de três décadas, supera o total arrecadado. Só as dívidas com a União superam R$ 68,7 milhões. As dívidas trabalhistas somam mais R$ 25 milhões.