O delegado Marcelo Damasceno, adjunto da Depca, disse que, até sexta-feira (18), foram 17 crianças ouvidas, todas pacientes do fonoaudiólogo. A mãe do menino soube da prisão de Wilson Nonato e foi à Polícia por achar que havia indícios de que o filho tenha sido uma das vítimas. “Ele não queria fazer o tratamento, não queria entrar na sala do profissional”, listou o delegado.
O menino foi atendido pela equipe psicossocial para prestar depoimento especial e os indícios são de que houve abuso sexual. A Polícia pediu exame de corpo de delito por precaução, para verificar se há indícios físicos desse estupro. A investigação apurou até agora que os alvos preferidos de Wilson Nonato eram meninos, de até 8 anos, com dificuldade de fala. Os pais eram proibidos de entrar na sessão.
Até agora, foram cinco inquéritos instaurados. As vítimas são meninos de 4, 5 e 8 anos (dois deles) – têm dificuldades severas de se comunicar, alguns deles não conseguem, por exemplo, formular frases completas. No dia 9 de março, o flagrante armado pela mãe de um paciente revelou para a Polícia Civil a série de abusos sexuais contra crianças que aconteciam há cerca de um ano.
O fonoaudiólogo passou a atender na clínica a partir do dia 12 de abril de 2021. Na lista de pacientes, cerca de 200 crianças, 75 somente este ano. Na semana passada, a informação é que todos os pais serão convocados para que os filhos prestem depoimento e, assim, identificar a extensão dos crimes cometidos pelo fonoaudiólogo. Com informações do site Campo Grande News