O domingo (06) foi sangrento na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, onde os pistoleiros que agem na região fizeram mais duas vítimas, elevando para 17 o número de execuções nas cidades fronteiriças somente neste ano, sendo 14 em janeiro e 3 em fevereiro.
A primeira execução foi de Wellington Junior Alves, 21 anos, que foi morto com um tiro na cabeça no centro de Bela Vista (MS), que faz fronteira com a cidade paraguaia de Bella Vista Norte. Ele foi assassinado na madrugada de ontem por um homem desconhecido, que se aproximou dele, sacou a pistola calibre 9 mm e atirou na cabeça da vítima.
Segundo testemunhas, Wellington Alves não resistiu aos ferimentos e morreu no local, enquanto o suspeito fugiu em uma motocicleta para o lado paraguaio da fronteira. O crime aconteceu em uma conveniência localizada na Rua Duque de Caxias, mas o proprietário do estabelecimento disse que o local já estava fechado no momento da execução.
A outra execução aconteceu na tarde de ontem em Coronel Sapucaia (MS), que faz fronteira com cidade paraguaia de Capitán Bado. A vítima foi Josué Gomes, ex-cunhado do deputado estadual paraguaio Carlos Rubén Sánchez, conhecido como “Chicharó”.
Josué Gomes estava dentro de seu carro quando foi alvo de vários tiros de pistola calibre 9 mm. O autor fugiu em seguida para o lado paraguaio da fronteira e ainda não foi identificado.
A vítima era ex-cunhado de Chicharô, morto em agosto do ano passado, em atentado na sua fazenda. A morte do político aconteceu no meio de uma longa guerra desencadeada entre facções criminosas que disputam o controle do narcotráfico em cidades paraguaias que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul.