O delegado de Polícia Civil Fernando Araújo da Cruz Júnior, que foi condenado a 20 anos de prisão por matar o boliviano Alfredo Rangel Weber dentro de uma ambulância em fevereiro de 2019 na cidade de Corumbá (MS), teve negado o pedido para ser transferido para uma cela especial.
Atualmente, ele está na cela 17 do Centro de Triagem, em Campo Grande (MS), e recorreu ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), sendo que os desembargadores da 3ª Câmara Criminal pontuaram que é indiscutível o direito à prisão especial em caso de irregularidade ou constrangimento ilegal, mantendo assim o réu separado dos demais presos.
No entanto, na peça é destacado que Fernando Araújo da Cruz já cumpre pena em local que muito se aproxima de uma cela especial, referindo-se à cela 17 do Centro de Triagem, que foi adaptada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) como cela especial para custodiar presos que não podem ter contato com a massa carcerária e sem grande lotação.
A defesa tentava que o delegado retornasse para a cela da 3ª Delegacia de Polícia Civil, onde permaneceu preso até a condenação por esfaquear Alfredo Weber em uma festa e, depois de a vítima ter sido socorrida, terminar o serviço, matando a tiros o boliviano ainda dentro de uma ambulância.
Fernando Araújo da Cruz, achando que não havia testemunhas do crime, foi pego de surpresa quando foi informado pelo investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, de que a irmã da vítima estava na ambulância e viu o assassinato.
Em meio a toda a trama do homicídio, testemunhas foram coagidas, sendo uma delas o motorista da ambulância, que teve como advogada a mulher do delegado. No entanto, o que o casal não esperava era que policiais bolivianos e até um promotor usassem de chantagem para extorquir os dois, com pedido de R$ 100 mil para que não implicassem o delegado ao assassinato. Com informações do site Midiamax