Servidoras da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) lotadas no Presídio de Naviraí denunciaram o chefe por assédio sexual. As vítimas registraram boletins de ocorrência e também já teriam acionado a direção da unidade, que até o momento não teria tomado providências.
Conforme uma das denunciantes, ela trabalha no presídio desde 2019 e, desde então passou a sofrer os assédios pelo colega, que ocupa um cargo de chefia na unidade prisional. A colega que ocupava o cargo antes já tinha alertado sobre o agente, pois também tinha sofrido assédios por parte dele.
A vítima descobriu ainda em 2019 que estava grávida e chegou a ouvir comentário de tal colega, que disse que ela “tinha um corpão, mas que foi engordando”. Foi quando a agente contou a ele da gravidez. Mesmo assim, o acusado continuou com as ‘piadas’ de cunho sexual, inclusive na frente de outros servidores.
Até ser afastada pela licença maternidade, a vítima continuou sendo assediada diariamente pelo agente, que chegou a dizer que ela “estava boa, mesmo grávida”. Quando voltou da licença, os assédios se intensificaram. A agente alega que chegou a ser proibida de ir a determinado pavilhão, pois o acusado dizia que ela só ia lá para “mostrar a bunda para os presos e agentes”.
Com os assédios, a vítima decidiu procurar o diretor do presídio, que ignorou a denúncia e ainda disse que ela estaria mentindo. Após tal denúncia, o acusado ainda passou a assediar moralmente a vítima, que por fim decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o caso. A denúncia foi feita como assédio sexual.
Três dias antes, outra servidora já tinha procurado a Polícia Civil para denunciar o agente por importunação sexual. Segundo ela, o agente a importuna desde que chegou no presídio. Em várias ocasiões, quando precisa cumprir horas-extras e queria acertar os horários com o colega, que ocupa cargo de chefia, ela acabava recebendo ‘cantadas’ indevidas.
O acusado a chamava de linda, de “delícia”, e segundo a agente há dificuldade em comprovar os fatos, já que é proibida entrada na sala do acusado com aparelho celular. No entanto, a importunação sexual sempre ocorreu. Por conta deste, entre outros problemas, a agente precisou procurar ajuda psiquiátrica.
Também neste caso o diretor do presídio teria sido informado, sem tomar outras providências contra o servidor. Conforme apurado, após saber das denúncias feitas à Polícia Civil, o agente estaria coagindo as testemunhas dos assédios e importunações sexuais. Com informações do site Midiamax