Morto ontem (9) durante confronto com a Polícia de Santa Catarina e foragido da “Operação Omertà” por ser considerado “homem forte” do empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, o criminoso Thyago Machado Abdul Ahad vivia em apartamento a uma quadra da Praia dos Ingleses, destino turístico famoso em Florianópolis (SC). Ele quase não saía de casa e estava sendo monitorado pelas autoridades locais, quando foi abordado por equipe do CORE (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais) da Polícia Civil de Santa Catarina, reagiu e acabou morto.
O imóvel, em condomínio localizado na Rua Gaivotas, próximo a rotatória com a Rua Martinho de Haro, foi alugado em nome de outra pessoa, que disse apenas que alugou para um cliente, que não era Thyago Machado, e este inquilino emprestou o apartamento para “outras pessoas”, sendo que no bairro os aluguéis custam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil mensais. O criminoso era procurado pela força-tarefa que investiga execuções em Mato Grosso do Sul desde a terceira fase da Omertà, realizada em julho do ano passado. Antes disso, ele já era foragido da justiça sul-mato-grossense por assassinato durante briga Ponta Porã (MS).
Natural de Ponta Porã, ele é da família de Fahd Jamil e Flavio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, ambos também investigados pela Ormertà. Thyago Machado é apontado como um dos pistoleiros do grupo de extermínio liderado pelos parentes da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Juntos, os três respondem a dois processos oriundos da força-tarefa. Nas investigações foi relacionado também como ex-pistoleiro de Jorge Rafaat Toumani, que foi executado em 2016, além de possível executor de Orlando Fernandes, conhecido como Bomba, e Cláudio Rodrigues de Souza, o Meia-Água, morto em São Paulo.
Em Campo Grande, as buscas por Abdul Ahad resultaram na abordagem a Flavio Correia Jamil Georges, em abril de 2019. Na data, a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) recebeu informações de que Thyago Machado estava em Campo Grande com a mesma caminhonete que circulava em Pedro Juan Caballero. A denúncia levou as equipes até uma padaria, onde foram parados “Flavinho” e outros três homens. O episódio, segundo depoimento feito à Justiça, levou a remoção do delegado responsável pela delegacia Carlos Delano e revelou a influência dos investigados na operação dentro da polícia do Estado. Com informações do site Campo Grande News