A Polícia Federal, em parceria com autoridades paraguaias, está investigando o representante da Universidade Central do Paraguai, o brasileiro Aparecido Carlos Bernardo, sobre o possível envolvimento da instituição de ensino superior com traficantes de drogas da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com a PF, o líder do PCC no Paraguai, Weslley Neres dos Santos, mais conhecido como “Bebezão”, que foi preso no dia 23 de março deste ano em um imóvel no Bairro Vermelho, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), portava uma carteirinha de estudante do curso de Medicina da Universidade Central do Paraguai.
O fato levantou a suspeita que muitos traficantes de drogas no país vizinho estão fazendo se passar por estudante de Medicina e Aparecido Bernardo estaria facilitando esse crime. Além disso, o representante da Universidade Central do Paraguai tem fotos e documentos que o ligam com os traficantes de drogas Levi Adriani Felicio, Jarvis Pavão e Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”.
A PF explica que, ao matricular traficantes como acadêmicos do curso de Medicina, permite que os criminosos desloquem livremente entre o Paraguai e o Brasil. Para as autoridades paraguaias, Aparecido Bernardo alegou que não tem como a universidade investigar a trajetória social de seus alunos, porém, o representante da Universidade Central do Paraguai ocupa atualmente um imóvel em nome de “Cabeça Branca” e aparece em imagens com Edson Lima, acusado de ser o pistoleiro de Sergio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como “Minotauro”, e com Levi Adriani Felicio, um dos chefões do Comando Vermelho no Paraguai.